Faz muito bem lembrar as vezes, o quanto eu era feliz e não sabia. Motivo disto foi como me criei, longe , muito longe da maldita maldade humana. Lógico que isto sempre existiu, mas como éramos muito protegidos pela família, sequer podíamos imaginar como o mal é latente em nós que nos achamos "humanos ". Hoje perdi um amigo, do qual eu sabia muito pouco. Este pouco que ele era, deixou em mim a certeza da luta de alguém sem orientação firme, e amor...bendita palavra muito pouco aplicada. Ele lutou contra o racismo,porque era negro. Era um estilista muito bom. Nunca foi reconhecido por isto. Não houve portas abertas para o negro pobre. O talento dele, não importava.
Tem uma música do Roberto Carlos , que diz : "você não me ensinou das amarguras não, por todas que eu teria que passar meu pai, e eu passei ". Adoro esta música em especial, porque realmente eu não fui ensinada a passar por amarguras. Mas elas tem batido na minha porta muitas vezes.
Este amigo foi brutalmente assassinado. Alguém fará alguma coisa ? Lógico que não. Era pobre, tinha muitos sonhos. Era jovem cheio de planos, e queria fazer uma faculdade. Quem vai se preocupar em encontrar o monstro que cometeu este crime ? Nestas horas eu queria ser uma jornalista famosa e brigar por justiça neste país de badernas.
Deixo aqui, mesmo que ninguém leia, minha muito simples homenagem a este ser humano, que viveu na pobreza e no anonimato. Nunca fez mal a ninguém, mesmo assim foi morto pelos monstros que a sociedade injusta cria, e alimenta deixando sem punição.
Vá com Deus meu amigo. Aqui ficou uma amiga a chorar tua morte estúpida. Por que ?
Irene Silveira.
Irene Silveira.
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